Pesquisa do instituto Datafolha divulgada neste último domingo (07/08) mostra que a avaliação da administração da presidenta Dilma está estável. Segundo o Datafolha, a gestão de Dilma é aprovada por 48% dos brasileiros (Ótimo/Bom). Este percentual é confortável diante das turbulências políticas e econômicas ocorridas.
Dilma precisou elevar os juros com a intenção de controlar a inflação. A oferta de crédito foi interrompida levemente. Denúncias de corrupção incentivaram Dilma a agir. Assim como declarações não adequadas por parte do ex-ministro Jobim. Estes eventos, econômicos e políticos, não interferiram negativamente nem positivamente na avaliação do governo Dilma.
Um fato me chama a atenção. A opinião pública não tolera atos de corrupção. Em razão disto, suspeitei que as ações de Dilma junto ao ministério dos Transportes possibilitariam o aumento da sua popularidade. Ressalto, entretanto, que o aumento dos juros e a expectativa de alta de inflação também não interferiram na popularidade de Dilma negativamente.
Administrações bem avaliadas permitem o sucesso eleitoral. O bem estar-econômico do eleitor também. Estas variáveis estão correlacionadas. Elas, inclusive, exprimem relações de causalidade. Ou seja: o bem estar-econômico do eleitor permite que este aprove a administração do presidente.
Diante de tal tese, é possível prognosticar dois cenários para Dilma: se o bem estar-econômico dos eleitores for mantido, o índice de popularidade de Dilma aumentará ou continuará estável. Caso não, ele decrescerá. Aposto no último cenário, em razão das turbulências nas economias dos Estados Unidos e da Comunidade Européia. O Brasil sofrerá conseqüências. Além disto, o governo Dilma tem desafios. Por exemplo: obras da Copa do Mundo e controle da inflação.
Caso a eleição para presidente da República fosse hoje, Dilma não seria favorita, mas competitiva. Costumo nas análises de pesquisas realizar o seguinte exercício: A pesquisa do Datafolha revela que 48% (Ótimo/Bom) dos eleitores votariam em Dilma – considero o indicador Avaliação da Administração. 39% (Regular) poderiam votar na oposição ou em Dilma. E 11% optariam pela oposição.
Porém, considero que a campanha eleitoral ocorre numa trajetória. Portanto, eleitores podem mudar as suas escolhas em virtude das estratégias de comunicação. O raciocínio mostrado é uma hipótese.
Presidentes precisam agir para mudarem as circunstâncias. A pesquisa do Datafolha e prognósticos econômicos e administrativos (Atender as demandas da Copa do mundo) sugerem que o governo Dilma passará por turbulências junto à avaliação do eleitor. Portanto, os estrategistas de Dilma precisam agir!