Os efeitos do orçamento familiar sobre a saúde financeira do recifense
Thiago Azurem
outubro 05, 2011
Djalma Silva Guimarães Júnior – Economista do IPMM e Consultor da Contexto
Menos de um terço dos moradores de Recife realizam orçamento familiar mensalmente, 29,3% segundo a PMEC-IPMN. A realização de tal prática possui efeitos sobre a saúde financeira do consumidor (Endividamento excessivo, inadimplência, e uso incorreto do cartão de crédito).
O endividamento excessivo é uma das variáveis que pode estar associada à ausência de orçamento familiar. A pesquisa mostrou que dentre os indivíduos que possuem endividamento superior a sua renda total, 71,9% não fazem orçamento e 23,7% fazem orçamento. Logo, o planejamento financeiro tende a nos livrar do endividamento excessivo.
A não realização de orçamento familiar também parece estar relacionada à inadimplência, pois dentre os consumidores de recife inadimplentes com todas as suas dívidas, 6,7% dos indivíduos que realizam orçamento familiar e 83% não realizam.
Outro problema muito comum nas finanças pessoais dos brasileiros, o uso incorreto do cartão de crédito, também parece estar relacionado à falta de realização de orçamento familiar. Dentre os indivíduos que pagam o valor mínimo na fatura do cartão de crédito, 6,9% faz orçamento familiar e 93,1% não faz.
A realização de orçamento familiar parece ser uma questão de educação, pois o percentual de adeptos de tal prática cresce à medida que escolaridade dos indivíduos se eleva. Dentre os entrevistados com ensino fundamental, 23% fazem orçamento familiar, no ensino médio 32,9%, e nos indivíduos com ensino superior tal percentual sobe para 60%.