O que fazer nesta eleição?
As eleições foram adiadas. Não existia clima eleitoral para que os competidores fossem às ruas pedir o voto ao eleitor. Desde abril, a agenda no ambiente social é a Covid-19. As pesquisas qualitativa e quantitativa têm mostrado isto. Não adianta acredita em movimentos nos grupos do WhatsApp ou nas redes sociais. São movimentos que não representam o todo da realidade.
São as pesquisas de opinião que têm o poder de decifrar o todo da realidade. O olhar para as redes sociais apresenta, apenas, a parte do todo. Competidores que analisam o seu desempenho considerando apenas as redes sociais, desprezam o todo. Pois ele olha para apenas a parte do todo. Portanto, o adiamento da eleição é uma oportunidade para que os candidatos possam fazer pesquisas.
Não partam do princípio de que pesquisa quantitativa é apenas Intenção de voto. Ela apresenta a parte do todo. Na pesquisa quantitativa, outras indagações devem existir. O que deseja os eleitores? Quais os seus sentimentos para com a gestão atual e os candidatos? Qual é a memória do eleitor? Que tipo de mudança o votante deseja? Qual é o clima eleitoral da cidade? As pesquisas quantitativa e qualitativa realizadas conjuntamente têm condições de responder a estas indagações.
As respostas para as perguntas apresentadas possibilitam a criação de estratégias eleitorais. Elas têm o objetivo de produzir efeitos no eleitor. Em primeiro lugar, a estratégia deve conduzir o candidato a um adequado nível de competitividade. Em segundo lugar, a estratégia busca o sucesso eleitoral. A estratégia eleitoral define a narrativa de campanha, isto é, o que será dito ao eleitor para conquistá-lo. Saliento que narrativas eleitorais têm começo, meio e fim. Como uma novela.
Candidatos não podem ter mais de uma estratégia. A estratégia principal deve ser definida. Estratégias auxiliares existem. Quando defino a estratégia eleitoral, defino o conceito do candidato. Ou seja: defino o meu candidato para o eleitor. Por exemplo: ele é a esperança para um futuro muito melhor. Em seguida, posiciono o competidor. No caso, ele é o futuro, enquanto os outros representam o passado. Por fim, o discurso do candidato. Neste aspecto, o candidato dirá ao eleitor por que é o futuro.
A vindoura eleição municipal será disputada sob crises sanitária e econômica e com a possível nacionalização. Eleitores pró Bolsonaro podem rejeitar candidatos contrários ao presidente da República. A carência material mais os efeitos do coronavirus têm o poder de deixar eleitores descrentes com a política. Portanto, o que fazer? São as pesquisas que lhe dirão o que fazer.