Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro, não pode mais ser reeleito. Na última eleição para governador, em 2010, ele conquistou a reeleição. Beltrame, secretário de segurança pública do estado fluminense, expulsou, teoricamente, os traficantes de variadas comunidades e adotou uma política de segurança de sucesso.
O sucesso de Cabral na opinião pública deve-se, em parte, a Beltrame. E sem Cabral, Beltrame não existiria como secretário de segurança. Diante disto, indago: o que ambos pensam em fazer a partir de 2014?
Qualquer pesquisa de opinião realizada no Brasil mostrará que a segurança pública é considerada um dos principais problemas do país. Para os eleitores, os governos dos estados e os presidentes da República são responsáveis pelas ações na área da segurança pública.
FHC foi tímido nas ações de combate ao crime. No governo de FHC não foi criado uma política nacional de segurança. Na era Lula, ações pontuais foram realizadas. Além de muitas pesquisas que contribuíram para desvendar mitos da criminalidade brasileira. Entretanto, FHC e Lula não criaram políticas de segurança de sucesso.
Nos governos estaduais, destaco os trabalhos dos variados governos de São Paulo. Os governadores de São Paulo, vale salientar, todos do PSDB, conseguiram, com sucesso, reduzir a frequência de homicídios no estado, em particular na capital. Na era Aécio, Minas Gerais avançou na área da segurança pública.
Em Pernambuco, no início do primeiro mandato do governo Eduardo Campos, foi criado o Pacto pela Vida. Este programa e ações específicas trazidas de São Paulo contribuíram para o aperfeiçoamento da segurança pública de Pernambuco. Friso que a qualidade da segurança pública em Pernambuco melhorou consideravelmente. Ressalto, ainda, que a frequência de homicídio foi reduzida.
Considerando a premissa de que políticas meritórias de segurança pública contribuem para o sucesso eleitoral de candidatos, faço, novamente, a seguinte indagação: o que deseja Beltrame e Cabral em 2014?
Eles poderão optar por se afastar da política. Ou poderão sonhar com vôos políticos. Beltrame pode desejar ser governador do Rio de Janeiro. Cabral pode desejar ser vice-presidente da República. Ou, quem sabe: Beltrame pode, a convite de um partido mediano, desejar ser presidente da República.