Djalma Silva Guimarães Júnior é Economista do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau
Pesquisa divulgada recente divulgada pela FGV sobre expectativa de consumo dos brasileiros aponta que este mês 29,2% dos consumidores brasileiros estão otimistas em relação ao futuro da economia, em fevereiro 30,9% estavam otimistas. Na contramão desta tendência a Pesquisa Mensal de Expectativa de Consumo do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (PMEC-IPMN) mostrou que em janeiro 61,1% dos recifenses estavam otimistas sobre o futuro da economia, na pesquisa de março, por sua vez, este patamar atingiu 68,1%.
Enquanto que o cenário nacional é alimentado por uma série de notícias sobre cortes no orçamento, elevação da taxa de juros, elevação da inflação, redução da expectativa de crescimento da economia e redução de investimentos, etc. O consumidor recifense nos últimos meses tem recebido informações de novos investimentos no estado, bem como está em curso um ciclo de crescimento do investimento na RMR que possui um efeito multiplicador nos mais variados segmentos da economia, assim, tal conjuntura pode ter corroborado para esta percepção otimista neste primeiro trimestre de 2011.
Segundo a PMEC-IPMN, o otimismo do recifense também se reflete na perspectiva sobre suas finanças pessoais, 72,7% dos consumidores entrevistados acredita em uma melhora de suas finanças pessoais nos próximos 06 meses e somente 3,2% prevê uma piora, na pesquisa de janeiro, este o percentual de melhora era de 66,3% e o de piora 2,6%.
Todo este otimismo se refle na disposição do consumidor em ir às compras, 15,3% dos entrevistados pretendia comprar algum bem de consumo durável (eletrodoméstico, eletroeletrônico, móveis, ou informática) nos próximos três meses, valor 1,4% maior do que o mesmo resultado do mês de Janeiro.
Desta forma, a despeito da política de controle da inflação adotada pelo governo, o ímpeto de ir às compras do consumidor recifense ainda permanece elevado e tende a assim permanecer nos próximos meses. A elevada propensão ao consumo, sobretudo das classes C e D aliado ao aumento no rendimento dos trabalhadores nos últimos anos corroboram também corroboram para esta investida no consumo.