É mais adequado construir prognósticos eleitorais para a eleição presidencial do próximo ano em virtude de que os competidores já estão postos. Obviamente, alguns candidatos podem vir a desistir. Entretanto, neste instante, cinco candidaturas estão colocadas: Dilma Rousseff, Eduardo Campos, Marina Silva, Aécio Neves e Fernando Gabeira. Considerando os resultados das últimas disputas presidenciais, não é ato de adivinhar se considerarmos que a eleição de 2014 terá segundo turno. O número de candidatos me faz considerar esta possibilidade.
Se por um lado, é mais adequado construir prognóstico para as eleições presidenciais, é difícil fazer o mesmo para a eleição de Pernambuco em virtude de que os competidores ainda não estão postos. Neste momento, apenas a candidatura do senador Armando Monteiro (PTB) é a mais previsível. Fala-se em Júlio Lóssio (PMDB), prefeito de Petrolina, mas a sua candidatura tem um empecilho, qual seja: o senador Jarbas Vasconcelos. Por outro lado, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), pode vir a ser o instrumento incentivador e garantidor da candidatura do prefeito de Petrolina.
A dúvida eloquente neste instante, a qual perdurará até 2014 (hipótese) é: quem será o candidato do governador Eduardo Campos? Tadeu Alencar, João Lyra, Paulo Câmara e Antônio Figueira são os nomes especulados – podem surgir outros. Mas não se deve desprezar a possibilidade de Armando Monteiro vir a ser o candidato do governo. Entretanto, para tal fato ocorrer, é necessário que PTB apoie Eduardo Campos na disputa presidencial – hipótese.
Diante da incerteza do lado governista, duas premissas, as quais são hipóteses, precisam ser consideradas na eleição de 2014 para governador de Pernambuco. A primeira premissa é: 1)o fortalecimento do PT em nível nacional, o fortalece em nível local, e isto possibilitará condições adequadas para o partido enfrentar o candidato do governador Eduardo Campos; 2) O enfraquecimento do PT no âmbito nacional consolidará o seu enfraquecimento em Pernambuco, por consequência, o candidato apoiado pelo governador Eduardo Campos é favorito a vencer a disputa eleitoral.
A primeira premissa, obviamente, é a desejada pelo PT. Com isto, o PT terá condições de convidar possíveis competidores como Fernando Bezerra Coelho e Armando Monteiro para uma conversa. Se esta premissa vier a ocorrer, o PTB poderá fazer exigências ao PSB caso este deseje apoiá-lo. A segunda premissa é a desejada pelo governador Eduardo Campos, pois se ela vier a ser real, o PSB ampliará as condições de continuar no poder. E adquirirá meios de impor dadas condições ao PTB para apoiá-lo ao governo – se for o caso.
As duas premissas sugeridas mostram que: 1)Não se deve desprezar a força local do PT. Apesar dela está enfraquecida, ela poderá ressurgir; 2) O PTB continua a ser ator estratégico na disputa de 2014, pois ele poderá agregar variados partidos ao seu projeto; 3) A disputa para o governo do Estado em 2014 não tem, neste instante, favoritos, principalmente se o PT continuar fortalecido na disputa nacional; 4) É possível, diante da força do PT nacional, que Eduardo Campos dispute duas eleições contra o PT. Uma em nível nacional. A outra em nível local. Em ambas, o PSB disputará contra dois petistas: Lula e Dilma.