BC tentará estimular crescimento e vigiar a inflação
Thiago Azurem
maio 29, 2011
Fabio GranereAdriana Fernandes, O Estado de S. Paulo, 29/05/2011
Os sinais já vinham do governo Lula. Mas, no governo Dilma Rousseff, a política monetária conduzida pelo Banco Central do Brasil se aproxima, ainda que informalmente, do modelo do Federal Reserve (Fed, o BC americano).
Nos Estados Unidos, o Fed tem a missão oficial não só de zelar pela estabilidade de preços, mas também de buscar o máximo de empregos, ou seja, inflação baixa e crescimento forte.
No Brasil, o BC tem oficialmente o mandato de buscar a meta de inflação definida pelo governo. Mas a estratégia mais gradualista adotada neste ano mostra que, na prática, o BC de Dilma opera também de olho no crescimento do País, numa espécie de "duplo mandato".
A preocupação do governo em não frear demais o ritmo de crescimento da economia em 2011 está no cerne da decisão do BC em adiar para 2012 a convergência da inflação para o centro da meta de 4,5%, segundo apurou o Estado.
Dilma deixou claro, logo no início da sua administração, que estava comprometida com o controle da inflação, mas sem sacrificar o maior crescimento econômico obtido no segundo mandato do governo anterior.