O ritmo consistente do crescimento da economia brasileira está cada vez mais atraindo empresas estrangeiras, que, de olho na expansão da classe média, têm planos que vão além de novas fábricas: incluem a criação de polos para desenvolver produtos e serviços.
A nova estratégia, comemorada por especialistas, envolve segmentos como os de telecomunicações, cosméticos, computadores e petróleo. Segundo dados de empresas e da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), foram destinados para a criação de centros e laboratórios R$ 14 bilhões em 2010, número que deverá subir para R$ 17 bilhões este ano – alta de 21%. Do valor, boa parte é de multinacionais, dizem especialistas.
No radar dos conglomerados internacionais estão, principalmente, São Paulo e Rio de Janeiro.
Hoje, dizem analistas, o setor de óleo e gás é o que consome a maior parte dos recursos. Mas o cenário começa a mudar.
A francesa L'Oréal, que está dobrando o seu centro de pesquisa, no Rio, pretende ainda criar um novo espaço.
Além de IBM, GE, Volvo Aero, Intel, Clariant e Beurau Veritas, a americana Dell pretende acertar até junho a construção de uma unidade de desenvolvimento em São Paulo (SP), que será a primeira da América Latina.
A espanhola Telefónica também investe milhões de euros em SP.