O sucesso eleitoral de João Campos coloca no tabuleiro eleitoral de 2022, o atual prefeito do Recife. Era previsível a sua entrada. A não ser que o PSB tivesse perdido a eleição na capital pernambucana. Geraldo Julio é o grande vencedor da eleição do Recife. O atual prefeito da capital é um natural candidato a governador.
O desempenho de Geraldo Julio em 2022, caso ele venha a ser candidato ao governo, depende, fortemente, de três variáveis: 1) Popularidade do governo Paulo Câmara; 2) Popularidade de João Campos; 3) Conjuntura nacional. Se a popularidade do atual governador de Pernambuco estiver alta, condições favoráveis para Geraldo. Caso não, condições não favoráveis. Raciocínio semelhante ao considerar a popularidade de João Campos.
A conjuntura nacional não só interferirá numa possível candidatura de Geraldo Julio. Miguel Coelho, outro provável candidato a governador, também sofrerá forte interferência da eleição presidencial. O atual prefeito de Petrolina obteve consagradora votação para a sua reeleição. Por consequência, adquiriu condições de estar na disputa estadual. Porém, com qual candidato a presidente ele estará? Geraldo Julio disputará a eleição com o apoio de Ciro Gomes. O o candidato do PDT a presidente terá expressiva força eleitoral?
Anderson Ferreira, prefeito de Jaboatão dos Guararapes, é outro provável candidato ao governo do Estado. A composição entre Miguel e Anderson, já que existe uma vaga para o Senado a ser preenchida, é, neste instante, a opção ótima para o gestor metropolitano. A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, também disputa espaço com Anderson e Miguel. Não vislumbro três candidatos da oposição. Não é estratégia ótima.
A depender da conjuntura nacional, a estratégia ótima para a oposição, é a presença de, no máximo, dois candidatos. No campo oposicionista estão também Mendonça Filho e o professor Lupércio. O primeiro, candidato natural ao Senado. O segundo, em razão da expressiva vitória no 1° turno em Olinda, e da candidatura de Miguel Coelho, é opção para o cargo de vice-governador.
E Marília? É a opção natural do PT em razão do seu desempenho na eleição 2020, do provável rompimento do PT com o PSB e da candidatura do PT à presidência da República. Dos candidatos postos, quem é o favorito? A conjuntura nacional, em 2022, é a variável mais adequada para sugerir o favoritismo de algum competidor.