Sentimento das empresas do Japão piora depois do terremoto
Thiago Azurem
abril 04, 2011
Filipe Domingues, da Agência Estado, 4/04/2012
TÓQUIO – As empresas do Japão ficaram mais pessimistas sobre as condições dos negócios nos próximos três meses depois do terremoto e do tsunami que atingiram o nordeste do país em 11 de março. Dados adicionais da pesquisa Tankan do Banco do Japão (BOJ) feita em março divulgados na noite de domingo (manhã de segunda-feira no Japão) mostraram que o índice de difusão para as condições de negócios das grandes indústrias japonesas no período de abril a junho piorou para -2. Nos dados divulgados na sexta-feira, o índice era de 2, mas ainda não levava em conta as consequências da tragédia.
Em uma decisão bastante incomum, o BOJ decidiu divulgar na segunda-feira os índices com respostas coletadas depois do terremoto. Mas o banco central disse que esses dados devem ser usados apenas como uma referência. O banco não recomendou a comparação dos índices obtidos antes e depois do terremoto, pois a última pesquisa teve número menor de participantes.
Das 11.101 companhias consultadas pelo BOJ entre 24 de fevereiro e 31 de março, 23,6% responderam à pesquisa depois do terremoto, embora possam ter refletido opiniões anteriores ao desastre. Os dados divulgados nesta segunda-feira mostraram que o principal índice de sentimento das grandes indústrias foi recebido de 12 a 31 de março e se manteve em 6, o mesmo da pesquisa divulgada na sexta-feira. Na pesquisa de dezembro, estava em 5.
Os dados representam a porcentagem das companhias que dizem que as condições de negócios estão boas, menos as que respondem negativamente.
O índice do sentimento das empresas não industriais era 7, significativamente maior do que o de 3 de sexta-feira e também acima do 1 da Tankan de dezembro. Entretanto, o cenário de difusão para essa categoria piorou para -4, ante -1 na sexta-feira. As informações são da Dow Jones.