O termo briefing é costumeiramente utilizado pelos publicitários. Raramente, estrategistas políticos utilizam o referido termo no cotidiano. Competidores não consideram o termo briefing e optam pelo senso comum ou por uma ideia advinda de um publicitário que se considera iluminado.
O briefing é uma parte importante da campanha. Através dele, o estrategista político monta o discurso do candidato, o grande tema da campanha e o slogan do competidor. Com isto, a possibilidade do sucesso eleitoral do candidato que permite a construção de um briefing inteligente cresce.
Pesquisas qualitativas e quantitativas permitem a construção do briefing, pois elas revelam os desejos e os sentimentos dos eleitores. Desta forma, o estrategista político, após a análise do eleitor e também dos adversários, constrói o briefing da campanha.
As peças publicitárias dos candidatos, as quais revelam as boas ideias dos publicitários, precisam ser construídas com base no briefing apresentado pelo estrategista da campanha. Quando elas estiveram prontas, é adequado que sejam testadas junto aos eleitores por meio de pesquisas qualitativas.
O briefing do candidato precisa atender a realidade e considerar as conjunturas presente e futura. É por isto, que candidatos precisam de estrategistas que construam o seu briefing. Boas ideias, ou melhor, slogans, não podem desprezar as conjunturas e os desejos do eleitor.
Em Pernambuco, observo a popularização da marca É Eduardo. Por sorte do destino, esta marca é admirada por todos e utilizada por pré-candidatos a prefeito, pois o governador Eduardo Campos tem uma administração bem avaliada. Em razão disto, inclusive, o senso comum dos pré-competidores incentiva o uso indiscriminado da marca É.
Estou acostumado a encontrar os seguintes slogans: É Carlos, É Maurílio, É Jorge. Ao me deparar com estes slogans, costumeiramente indago: A marca É revela o quê? Deseja ofertar o quê? Qual é a mensagem?
A reprodução de peças publicitárias antigas sugere que pré-candidatos continuam a realizar campanhas eleitorais a partir do senso comum e, por consequência, desconsideram pesquisas, estratégias e o briefing. Quando candidatos perdem a eleição, eles culpam, costumeiramente, as pesquisas. E esquecem de responsabilizar o senso comum.