Boas perguntas, boas estratégias. Boas pesquisas e boas estratégias, sucesso eleitoral. Estas relações de causalidades devem orientar os estrategistas. São comuns as pesquisas eleitorais que buscam verificar apenas três variáveis: Intenção de voto, Avaliação da administração do gestor e Principais problemas da cidade. Com os resultados em mãos, marqueteiros orientam os candidatos. E candidatos buscam apoios.
As variáveis sugeridas são importantes, mas não suficientes para possibilitar a construção de estratégias eleitorais e peças publicitárias. Lembro, mais uma vez, que os eleitores estão numa trajetória, e nesta eles recebem influências diversas e fazem as suas escolhas. Portanto, as perguntas contidas nos questionários precisam considerar a trajetória do eleitor.
Aspectos emocionais, imagem, sentimentos com a cidade e com a administração, identificação de conflitos entre atores, busca de fragilidades nos competidores e cenários eleitoraissão variáveis necessárias que precisam ser avaliadas em um questionário eleitoral.
O estrategista precisa, diante das variáveis sugeridas, buscar regularidades. As regularidades representam a estabilidade nos resultados. Então, se uma resposta permanece presente com percentuais semelhantes em variadas pesquisas, isto significa que dado fato ou fenômeno está consolidado no eleitorado. Diante disto, é necessário que o estrategista considere o fato ou o fenômeno na construção de estratégias.
As regularidades nos percentuais dos candidatos, os quais precisam ser observados em variados cenários, fornecem ao estrategista indício do capital eleitoral do candidato. Neste caso, se o candidato X mantém, em variadas pesquisas e cenários, percentuais entre 30% a 34% de intenção de votos, isto significa que ele é um candidato com capital eleitoral consolidado entre os eleitores. Porém, uma indagação surge: O candidato X tem condições de crescer eleitoralmente?
Estratégias eleitorais eficientes conseguem mudar ou consolidar as escolhas dos eleitores. As conjunturas – política, social e econômica – não devem ser desprezadas na formulação das estratégias eleitorais e nem na formulação dos questionários de pesquisas.
Boas pesquisas, boas estratégias. Boas estratégias, sucesso eleitoral.