Por Adriano Oliveira – Cientista Político
As eleições municipais ocorrerão no próximo ano. Diante disto, é adequada a realização de prognósticos para estas eleições. Porém, não desprezo o comportamento dos atores políticos em 2012, pois, para alguns, o que fazer em 2014 passa, necessariamente, pela disputa municipal. Em Pernambuco, no caso específico de Recife, constato isto.
Desde 1994, as eleições presidenciais são polarizadas entre PT e PSDB. Não existe uma terceira via. Para o governo de Pernambuco, Eduardo Campos foi, até dado momento da campanha na eleição de 2006, a terceira via. E venceu a eleição. Talvez, em 2014, Eduardo Campos possa ser a terceira via na disputa presidencial. E contribuir para findar com a polarização entre PT e PSB.
Continuo a prognosticar dois cenários para o governador Eduardo Campos em 2014. Quanto ao primeiro cenário, vislumbro que Eduardo pode vir a ser o vice de Dilma. Entretanto, o PMDB é um obstáculo. O outro cenário é a aliança entre PSDB e PSB. Neste caso, Eduardo será o vice de Aécio Neves. O primeiro cenário só será plausível para Eduardo Campos caso Dilma seja não seja favorita à reeleição. O segundo cenário é possível diante de uma Dilma bem avaliada ou mal avaliada.
Diante da aproximação do ex-presidente Lula com Eduardo Campos adquiro a criatividade de prognosticar um terceiro cenário. Qual seja: em razão de Dilma não ser favorita para a reeleição, Eduardo, com o apoio implícito (implícito para a opinião pública) de Lula decide ser candidato à presidente da República. Partidos como o PC do B, PSD e PDT acompanham Eduardo nesta empreitada.
Certamente, muitos continuarão a afirmar que Eduardo será vice de Dilma. Mas ora: qual é a razão do PMDB abandonar Dilma caso ela esteja bem avaliada? Nenhuma. Outros tantos irão frisar que se Dilma não estiver bem avaliada, Lula será o candidato. Mas como Lula justificará para o eleitor a retirada de Dilma? Vejam que Lula é responsável por Dilma para vários eleitores. Portanto, o terceiro cenário proposto, diante de uma Dilma não tão forte, mas não tão frágil, é plausível. Então, deve ser considerado!