Medidas do governo fazem dólar ter maior alta percentual do ano
Thiago Azurem
julho 28, 2011
Bruno Villas Bôas eVinicius Neder,O Globo, 28/07/2011
Após seis dias de queda e preços não vistos desde 1999, o governo deu as caras no mercado de câmbio. Por meio de Medida Provisória e Decreto Presidencial a canetada atingiu os derivativos de câmbio. O Conselho Monetário Nacional (CMN) ganhou plenos poderes sobre os derivativos, podendo alterar prazos, limites e tributação.
E, a partir de hoje, qualquer aumento de posição líquida vendida em dólar pagará imposto de 1%. Ou seja, quem quiser apostar no real terá de pagar um "pedágio".
A primeira reação foi bastante negativa, com os preços subindo mais de 2% tanto no mercado à vista quanto no futuro. Aos poucos, as regras ficaram mais claras. Embora duras, seus efeitos foram considerados de curto prazo.
Com isso, a moeda perdeu força à tarde e fechou em alta de 1,30%, a R$ 1,557. Foi a maior alta percentual do ano, mas ficou em linha com a valorização do dólar nos mercados internacionais (0,99% frente ao euro).